domingo, 20 de março de 2011

Quer saber o que eu penso?

Quer saber o que eu penso? Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Tenho uma TPM horrivel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. Meu coração é minha razão. Essa é a lógica que inventei pra mim.
Clarice Lispector.

8 comentários:

  1. Querida Zélia...

    Clarice sempre me salva. Se uma mulher genial como ela teve crises existenciais, quem sou eu para não tê-las ?

    O importante é que quando a lemos temos a sensação de que ela adentrou a nossa alma e roubou nosso estado de espírito. Ainda bem que ela escreveu tudo isso!

    Beijo. Boa noite!

    Adorei sua presença no Desassossego.

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  2. A Clarice resume bem essa coisa tão feminina, tão mulher...tão crise existencial!
    adorei o texto

    bjs

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  3. Bom dia passeando por aquiii

    adoreiiii!!!

    bjosss

    http://petalasdelis.blogspot.com/

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  4. oi... adorei o texto, me senti declamando-o p alguém que merece me conhecer me melhor para entender as minhas escolhas....

    lindo d+

    bjkssss boa quarta-feira

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  5. Zélia, grato pela amizade e carinho, tenha um bom fim de semana, bjs

    A feiticeira da noite sopra estrelas no céu
    a lua torna-se mais cheia e resplandecente
    a noiva da colina asperge um suave perfume
    espalhando no ar o seu chamado envolvente.

    Trata-se de um convite ao amor e a amizade,
    vai ecoando pelos quatro cantos da cidade
    rua do porto, engenho central, repúblicas....
    nada passa despercebido ao clamor lançado.

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  6. gostei do post..adoro Clarice L.

    demorei p/ vir aki, ms to seguindo...
    Bjinhus!

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  7. Pois é, melhor morrer por todos os erros e até de cacos de amor, que morrer de arrependimentos.

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  8. Zélia adoro os posts em seu blog e venho seguido reabastecer-me por aqui.
    Encontrei este texto creditando autoria a Clarice Lispector, mas este texto não é de Clarice, este texto parece-me não tenho bem certeza, que é de Fernanda Mello, é lindíssimo, mas não é de Clarice, disso tenho certeza. Bjs

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