sábado, 17 de setembro de 2011

As bolas de sabão...

As bolas de sabão que esta criança
Se entretém a largar de uma palhinha
São translucidamente uma filosofia toda.
Claras, inúteis e passageiras como a Natureza,
Amigas dos olhos como as cousas,
São aquilo que são
Com uma precisão redondinha e aérea,
E ninguém, nem mesmo a criança que as deixa,
Pretende que elas são mais do que parecem ser.
Algumas mal se vêem no ar lúcido.
São como a brisa que passa e mal toca nas flores
E que só sabemos que passa
Porque qualquer cousa se aligeira em nós
E aceita tudo mais nitidamente.

Alberto Caeiro.

5 comentários:

  1. Zélia, deveríamos ser felizes com as pequenas coisas assim como as crianças são fascinadas pelas bolas de são como a metáfora de Fernando Pessoas na voz de Alberto Caeiro.

    Bela escolha!

    Abraços do novo amigo!

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  2. Lindo demais,Zelia!beijos,ótimo fds!chica

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  3. As bolhas de sabão ainda deixam as crianças felizes. Um abraço, Yayá.

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  4. Nosso querido Fernando sempre perfeito. Não conhecia essa poesia, mas amei.

    Beijos

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  5. Bolhas de sabão
    sopradas no ar da manhã
    exalam arco-íris.


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