domingo, 31 de março de 2013

Na primeira noite...

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Vladimir Maiakovski.

Um comentário:

  1. Puxa, que LINDO! Li muito Maiakovsky na época que era universitário. Obrigado amiga, fiz uma viagem no tempo... APLAUSOS!!!

    ResponderExcluir