sábado, 24 de março de 2012

A Inominável…

Leve… – Pluma… Surdina… Aroma… Graça…
Qualquer coisa infinita… Amor… Pureza…
Cabelo em sombra, olhar ausente, passa
como a bruma que vai na aragem presa…

Silenciosa. Imprecisa. Etérea taça
em que adormece luar… Delicadeza…
Não se diz… Não se exprime… Não se traça…
Fluido… Poesia… Névoa… Flor… Beleza…

Passa… – É um morrer de lírios… Olhos quase
fechados… Noite… Sono… O gesto é gaze
a estender-se, a alargar-se… – E enquanto vão
fugindo aos passos teus, Visão perdida,
chovem rosas e estrelas pela vida…
Silêncio! Divindade! Iniciação!

Cecília Meireles

3 comentários:

  1. tudo pode ser beleza ao nosso olhat depende como temos o coração e como sentimos a alma
    bjs

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  2. Um poema imensamente gracioso em que não podemos deixar de sorrir de felicidade!

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  3. Olá Amiga...

    Seja Bemvinda sempre, obrigada e volte sempre que quiser ao blog.
    Lindo teu espaço..tua poética.. vivamos um dia por vez com toda nossa energia, como bem dizes querida "colham o dia".
    Grande Abraço e semana cheinha de amor!
    Lecy'ns

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