para a navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar,
e investiga o elemento que a atinge.
Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas
que não se encontram.
Virei-me sobre a minha própria experiência,
e contemplei-a.
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Ó meu Deus, isto é minha alma: qualquer coisa
que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
como o vento largo do oceano
sobre a areia passiva e inúmera...
Cecília Meireles.
Que excelente escolha!
ResponderExcluirMeu carinho e o desejo de um 2013 de sonhos e realizações!
Adorei conhecer seu conhecer seu blog bjs.
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